domingo, 11 de setembro de 2011

Edição 12 - Boletim Informativo da Malária

Coordenação de Vigilância em Saúde - Sexta Feira, 09 de Setembro de 2011 
     Gerência do Controle da Malária                           Edição 12

      O Prêmio Ney Bahiense de Lacerda é uma homenagem, in memorian, a um dos mais eminentes médicos do Estado do Amazonas, o Sanitarista e Epidemiologista Ney Bahiense de Lacerda. 
     O evento foi realizado nos dias 24, 25 e 26 de agosto, em Manaus, e teve como objetivo incentivar o aperfeiçoamento na qualidade das ações de vigilância em saúde no Amazonas.

     O evento também contou com um Hall de exposição dos trabalhos submetidos pelos profissionais de saúde dos municípios e da FVS/AM. Desta forma, os autores têm a oportunidade de divulgar as experiências bem sucedidas executadas, no ano anterior, na área da saúde no Amazonas.

     O município de Humaitá teve dois trabalhos aprovados na pré-seleção. O primeiro foi a CRIAÇÃO DO BOLETIM INFORMATIVO DA DENGUE EM HUMAITÁ (imagem ao lado) e como os demais trabalhos, foi apreciado quando expostos na forma de banner.

      O outro foi o Relato das ESTRATÉGIAS BEM SUCEDIDAS DE CONTROLE DA MALÁRIA na região Sul de Canutama (imagem abaixo) que é uma Área de Pactuação entre Canutama e Humaitá.
         O relato de experiência da região Sul de Canutama inscrito pelo Assessor Técnico da FVS - José Raimundo da Silva foi selecionado pelos jurados e PREMIADO com o 2º Lugar no evento.

       Parabéns a todos os servidores de endemias de Humaitá e Canutama-Sul, pois foi o trabalhos de vocês que foi premiado neste evento, revelando a importância de um trabalho responsável  e com comprometimento.
       Apenas por  ter sido selecionado na fase preliminar, já indica que há o reconhecimento das autoridades relacionadas as endemias nas atividades desenvolvidas pelo município. E isso deve motivá-los a buscar sempre o melhor e com qualidade.
 Prefeito do Município de Humaitá
José Cidenei Lobo do Nascimento
Secretária Municipal de Saúde
Sara dos Santos Riça
Coordenador de Vigilância em Saúde
Enfº Jefferson da Silva Gonçalves
Gerente do Controle da Malária
Aluisio Ferreira Rosas
Assessores Técnicos
José Raimundo (FVS) / Elton Chaves (Fundo Global)

Edição 10 - Boletim Informativo da Malária

Coordenação de Vigilância em Saúde - Quinta Feira, 08 de Setembro de 2011 
     Gerência do Controle da Malária                           Edição 10

     O Município de Humaitá criou um projeto de implantação de laboratórios na zona rural.  Neste projeto há a participação em conjunto da Comunidade, FVS através da Bioamazonas e Prefeitura Municipal de Humaitá através da Secretaria Municipal de Saúde e Coordenação de Vigilância em Saúde.
      A Bioamazonas fornece o combustível para a retirada da madeira pela comunidade. Esta por sua vez, retira toda a madeira necessária para a construção do laboratório (imagem abaixo), incluindo janelas e portas, alem de entrar com a Mao de Obra para sua a construção. Já a Secretaria de Saúde entra com o restante do material, como: telha, fechadura, tomadas, pregos, lâmpadas, pia, cx d’água, cano, fio, entre outros.
      Este laboratório já foi implantado em algumas localidades e agora esta sendo implantado em localidades prioritárias devido a situação epidemiológica e que estava no planejamento.
        No momento estão sendo construídos 03 laboratórios:
· Comunidade Cristolândia na BR 319—KM 55 Sentido HMT/PVH (Imagem acima). Parte do material já havia sido fornecido e a comunidade iniciou a construção, restando alguns detalhes.
· Comunidade Maicizinho na BR 230—KM 45 Sentido HMT/APUÍ. O material foi todo fornecido e aguarda construção.
· Comunidade P.A.E Maria Auxiliadora—Ipixuna na BR 230—KM 40 Sentido HMT/LABREA. Todo o material necessário e Mao de Obra foi cedido pela Prefeitura de Humaitá. Foi enviado um documento de Oficialização e documentação do local da implantação para o INCRA.
      No ano de 2011 houve um aumento de número de casos de malária mês a mês, desde janeiro até o mês de maio, quando houve um alto pico apresentando 342 casos como mostra o gráfico abaixo. 
       Devido a um conjunto de ações realizadas em parceria com a FVS, BIOAMAZONAS e SEMSA, a malária apresentou uma queda drástica nos últimos dois meses apresentando redução de 52,1% quando comparado os meses de junho e julho. E apresentou no mês de agosto apenas 94 casos, indicando plena queda dos índices.
       Algumas localidades ainda são consideradas prioritárias devido a grande incidência de casos, como a comunidade de Realidade BR 319 - KM 100 Sentido Humaitá/Manaus e Lago do Uruapiara no Rio Madeira. Ambas comunidades são visitadas rotineiramente pelos agentes de endemias da Coordenação de Vigilância em Saúde e esta sendo intensificada a integração com a Atenção Básica para melhorar a vigilância nestes locais.
Prefeito do Município de Humaitá
José Cidenei Lobo do Nascimento
Secretária Municipal de Saúde
Sara dos Santos Riça
Coordenador de Vigilância em Saúde
Enfº Jefferson da Silva Gonçalves
Gerente do Controle da Malária
Aluisio Ferreira Rosas
Assessores Técnicos
José Raimundo (FVS) / Elton Chaves (Fundo Global)


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Edição 11 - Boletim Informativo da Malária


      Foi lançada uma campanha inédita de mídia para mobilizar gestores, entidades, parceiros e a população, incluindo a distribuição de 1,1 milhão de mosquiteiros impregnados com inseticida.

     O número de casos de malária da Amazônia Legal caiu 31% nos primeiros seis meses deste ano em relação ao mesmo período de 2010. Entre janeiro e junho de 2011, as notificações somaram 115.708, contra 168.397 no mesmo período de 2010. Já as internações tiveram redução de 20%, passando de 2.544 para 2.030. Os dados constam no balanço epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (05). A região concentra 99% dos casos registrados no país.

     "Os dados positivos são o resultado de uma ação integrada, que inclui a intensificação de ações de rotina para diagnóstico precoce e tratamento oportuno de pacientes", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Para ele, os números refletem o empenho dos gestores federais, estaduais e municipais no controle da doença.

     Além do balanço, também está sendo lançada nesta segunda-feira uma campanha inédita de mídia para mobilizar gestores, entidades, parceiros e a população, que conta com a distribuição de 1,1 milhão de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração.

     A diminuição do número de casos foi verificada em todos os estados da Amazônia Legal. No Acre, foi de 45%, no Amapá 19%, Amazonas 41%, Maranhão 39%, Mato Grosso 27%, Rondônia 36%, Roraima 29%, Tocantins 30% e Pará 21%.  O número de infecções pelo Plasmodium falciparum passaram 26.917 para 13.464. O falciparum é um dos três protozoários do gênero Plasmodium que causam a malária na região, provocando a forma grave da doença. Com relação aos óbitos pela doença, houve um aumento em 2010 (72), em relação a 2009 (69).

      "Não estamos felizes, estamos animados porque vencemos mais uma batalha e conseguimos a diminuição dos casos de malária. Agora, vamos agir antecipadamente, já mapeamos quais são os municípios prioritários e a ideia é intensificarmos o trabalho nessas áreas", enfatizou o Ministro.

      Campanha - Além do balanço, também está sendo lançada nesta segunda-feira uma campanha inédita de mídia para mobilizar gestores, entidades, parceiros e a população. A campanha é direcionada a 47 municípios nos estados da Região Amazônica (AM, AC, AP, PA, RO e RR).

       A Mobilização contra malária será dividida em três etapas: a primeira será marcada pelo estímulo ao uso correto dos mosquiteiros/cortinados. Essa fase é preparatória para a distribuição de 1,1 milhão de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração.

       A segunda etapa consistirá em conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. O estágio final vai relembrar os pontos anteriores e incentivar a realização do tratamento completo, que varia de três a sete dias, dependendo do agente etiológico.  Alguns dos materiais que compõem a campanha são calendários, gibis, DVDs, jornais, folders, outdoors, mensagens de áudio, sites e anúncios para televisão e rádio.

      O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, considera de fundamental importância a conscientização da população na adoção de medidas de preventivas que levem à redução da doença. Segundo ele, o êxito de qualquer campanha depende do engajamento de todos: gestores, agentes de saúde e entidades parceiras.

     Em todas as etapas da ação, os agentes da Estratégia Saúde da Família e de endemias vão orientar a população com base nos materiais da campanha. A ação poderá ser acompanhada pelo site do projeto www.mobilizacaocontramalaria.com.br, em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês.

     Parceria - A campanha Mobilização contra malária integra o Projeto para Prevenção e Controle da Malária na Amazônia Brasileira, iniciativa patrocinada pelo Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária. A ação é realizada pela Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e pela Fundação Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FFM/USP), por meio da UnidadeTécnica (UT) e do Ministério da Saúde.

      Os principais objetivos do projeto são: apoiar os municípios no controle da malária; aumentar os pontos para diagnóstico da doença; distribuir mosquiteiros; aumentar o envolvimento das comunidades em regiões de risco; e estimular o trabalho conjunto com os países vizinhos.

      No mundo, atualmente, cerca de 243 milhões de casos de malária e 863 mil óbitos são registrados por ano, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). As regiões mais afetadas são África, América do Sul e Ásia. No Brasil, 49 milhões de pessoas vivem em áreas de risco.

       Sobre a Malária - É uma doença infecciosa aguda, causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, que se infecta ao sugar o sangue de uma pessoa doente.

       Os criadouros preferenciais do mosquito transmissor da malária são os igarapés, por suas características: água limpa, sombreada e parada. Em humanos, se não for tratada, a malária pode evoluir rapidamente para a forma grave e levar a óbito. Entre os sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de oito a 17 dias, podendo, entretanto, chegar a vários meses, em condições especiais.

     A malária tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Ainda não existe uma vacina disponível contra a doença. Contudo, algumas medidas de proteção individual contra picadas de insetos devem ser utilizadas, principalmente nas áreas de risco. O uso de mosquiteiro impregnado com inseticida; o uso de telas nas portas e janelas; o uso de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de maior atividade do mosquito - manhã e final da tarde – são exemplos de medidas que devem ser adotadas para evitar a transmissão.
0000000000000000
      Matéria retirada do site do Ministério da Saúde / CONASEMS em: 07/09/2011